A crise do capital em O capital de Karl Marx
-
Maria Socorro Ramos Militão
-
UFU
-
Este estudo faz uma análise acerca da concepção de crise do capital de Karl Marx e visa averiguar, essa questão a partir do Manifesto do partido comunista e em O capital, em especial nos Livros II e III. Mais especificamente nos capítulos sobre as finanças do Livro III, em que o filósofo alemão analisará efetivamente e com profundidade as crises do sistema capitalista. O entendimento de Marx acerca das leis gerais de movimento do capital o levam a associar a pletora periódica do capital monetário à teoria da superacumulação de capital exposta já nos primeiros capítulos do Livro Terceiro. Sabemos que as assim chamadas crises esporádicas são próprias do sistema capitalista e que, a cada momento elas assumem graus de complexidades maiores. Por isso, buscaremos mostrar como Marx as concebe e quais as implicações que estas assumem no sistema capitalista. Identificá-las e compreendê-las com maior rigor nos permitirá avaliar melhor as crises atuais e a sua expressão mais perversa: a crise financeira, que é também uma crise clássica de superprodução, mas de superprodução de forças produtivas e não de mercadorias, já que o sistema financeiro não produz mercadorias materiais, mas o capital especulativo, abstrato, que produz uma hipertrofia do capital financeiro ante o capital que produz diretamente a mais-valia. Concomitantemente a essas questões serão analisadas as dimensões estruturais da crise, o papel do Estado e a natureza do capital financeiro. Promover esse estudo é imprescindível não apenas para entender o que são essas crises, mas também as atuais que são mais complexas e mais difíceis de serem vencidas à medida que o sistema capitalista se torna mais desenvolvido e mais ampliado. O estudo visa garimpar nas citadas obras marxianas as discussões acerca dessa temática.
-
Marxismo
- 18.10 | Terça-Feira | sala 56| 11h05
- sala 56
- 18/10/2016