O ensino de Filosofia recebe nova perspectiva com a publicação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). O documento é o resultado de inúmeras contribuições durante o período em que ficou disponível para consulta pública. Nesse mesmo período, alguns pareceres foram elaborados com o objetivo de auxiliar o MEC na sistematização e problematização do documento. Estruturado na divisão entre áreas de conhecimento, o componente curricular da Filosofia se encontra no campo das “Ciências Humanas” e, em sua apresentação, são destacados “objetivos de aprendizagem”. Este é um termo central para o documento, porém, pouco explorado em suas definições de acordo com o próprio MEC. Nosso intuito é levantar o debate deste conceito no sentido de: a) compreender a mudança de paradigma implícito nessa nova concepção, questionando sobretudo a diferença entre a estrutura anterior das “habilidades e competências” (presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Orientações Curriculares do Ensino Médio) e a nova forma dos “objetivos de aprendizagem”: b) compreender o caso específico da Filosofia, operando não apenas com sua apresentação geral, mas no ensino de seus conteúdos específicos: c) debater o impacto desta proposta curricular quanto à sua realização no ensino. Acreditamos que, a partir desses três eixos, possamos elaborar de maneira mais detida os pressupostos pedagógicos e curriculares da BNCC.