Filosofia e Antropologia: desdobramentos didático-pedagógicos nas aulas de Introdução à Filosofia.
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Filipe Ceppas
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UFRJ
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Procuraremos indicar, em primeiro lugar, de modo resumido, como a teorização antropológica sobre as sociedades ditas sem estado e sem escrita pode ajudar a tornar interessantes ou significativas, para os estudantes, aulas de introdução à filosofia, em especial quando se trata de abordar os conceitos interligados de razão, escrita e democracia nas origens do pensamento ocidental. Para tanto, confrontaremos algumas teses de Friedrich Engels, Claude Lévi-Strauss e Pierre Clastres (teses sobre a revolução neolítica, a escrita e a distribuição do poder nas tribos indígenas) com uma importante narrativa acerca do surgimento da filosofia: As origens do pensamento grego, de Jean-Pierre Vernant. Trata-se, em resumo, de repensar a iniciação à discussão sobre o logos, o nomos, o papel da escrita e o surgimento da democracia a partir de teorias antropológicas que nos ajudam a identificar e criticar o que pode haver de etnocêntrico numa narrativa relativamente consensual acerca do surgimento da filosofia. Em segundo lugar, apresentaremos, em suas linhas gerais, a proposta didática de uma aula antropológica inspirada nesse debate, envolvendo dinâmicas de grupo: exercícios de leitura e escrita: e atividades de avaliação e autoavaliação.
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Filosofar e Ensinar a Filosofar
- 21.10 | Sexta-Feira | sala 02| 10h00
- sala 02
- 21/10/2016