Democracia: salto do fechado para o aberto a partir de Henri Bergson
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Miguel Ivân Mendonça Carneiro
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Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília.
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O artigo tratará da relação entre democracia e filosofia política no pensamento de Henri Bergson a partir dAs Duas Fontes da Moral e da Religião e visa demonstrar o estágio de letargia da política contemporânea e seus cadafalsos ideológicos no domínio social. Para tanto, serão explorados os seguintes conceitos chaves do bergsonismo, a saber: élan, evolução criadora, fechado e aberto. Posteriormente a esses registros, será possível estabelecer os nexos entre sociedade fechada e sociedade aberta, mecânica e o místico. Trata-se, efetivamente, de investigar instinto e movimento rumo ao salto do fechado em direção ao aberto, pois, se a natureza é, por definição, preservação, a ação criadora ultrapassa a conservação. É dessa liberdade frente à natureza força de direção constante, diria Bergson, que se constitui a organização político-social na qual os homens estão inseridos em espaços públicos, forçosamente sob a vida coletiva de interdependências, mas apaziguados pelo sentido da obrigação moral. É do fechado ao aberto que se inscreve a própria história da humanidade e crava-se a ontologia da presença bergsoniana em cuja ação dissolvente da inteligência e função efabuladora percorrem a filosofia de Henri Bergson. Na perspectiva política, a democracia se assenta enquanto resultado da cidade à humanidade, da moral e da religião fechadas, agora no salto, assume o registro da nova ou aberta religião e moral, concretizadas (moral e religião) pela ação dos místicos capaz de contagiar os homens, como ficará demonstrado pela análise do § 56 dAs Duas Fontes da Moral e da Religião um dos registros fundantes do pensamento bergsoniano, segundo o qual são as almas místicas que arrastaram e arrastam ainda no seu movimento as
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Ética e Filosofia Política
- 21.10 | Sexta-Feira | sala 23| 09h20
- sala 23
- 21/10/2016