O Conceito de Mercadoria em O Capital de Marx
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Gilmar Derengoski
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UNIOESTE
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O filosofo alemão Karl Marx apresenta-nos em sua obra de maior magnitude intitulada O Capital a estruturação do sistema capitalista bem como os componentes essenciais desse sistema. Nessa apresentação, a mercadoria surge como o ponto a priori de Marx, como o pilar fundamental desse sistema que tem como característica fundamental a aquisição de mercadorias em prol da satisfação de necessidades pessoais, sejam elas provindas do estomago (necessidade) ou da mente (desejo), conferindo-lhe assim um caráter universal comum a todos. Marx apresenta-nos o conceito de mercadoria como sendo algo com duplo caráter que em essência define-se como Valor de Uso (substância de valor) e Valor de Troca (grandeza de valor). As mercadorias aparecem no mercado de infinitas formas, são produzidas de infinitas maneiras e atendem as mais diversas necessidades. A diversidade de mercadorias é tão grande que é impossível mensura-las em sua totalidade. Tal diversidade é superada por Marx por meio de uma abstração, pela redução de toda a diversidade de mercadorias existentes para apenas um fator: a utilidade. Uma mercadoria para ser considerada como tal precisa antes de tudo ser útil para alguém possuir seu Valor de Uso, independente de qual seja essa utilidade. Porém, não é possível mensurar quantitativamente a utilidade de algo, sendo ela intrínseca e subjetiva. É preciso algo que torne as mercadorias comensuráveis entre si, que possibilite a efetivação da troca nos processos mercantis, que demonstre sua objetividade. Para Marx, a quantidade de trabalho humano médio despendido na produção de uma mercadoria, abstraído e incorporado na mercadoria é que define seu caráter quantitativo, sua substância de valor seu Valor de Troca. O Valor de Uso é efetivado apenas durante o consumo e serve como base de sustentação para o Valor de Troca que se realiza ap
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Ética e Filosofia Política
- 21.10 | Sexta-Feira | sala 25| 09h50
- sala 25
- 21/10/2016