O AMOR NA ÉTICA UTILITARISTA DE JOHN STUART MILL
-
Ana Carolina Mendes
-
UFRN
-
Em sua obra, Utilitarismo, John Stuart Mill esclarece os elementos da teoria ética que propõe. As elucidações apresentadas por vezes são defesas ao utilitarismo, que dentre outras acusações, enfrentou a de ser uma doutrina digna de porcos por estabelecer o prazer como critério de moralidade, bem como de ser uma teoria sem deus e que incita o egoísmo nos indivíduos. Para lançar luz sob tais acusações, o autor enfrenta os argumentos de ataque. Sobre a questão de ser uma teoria sem deus e egoísta, ressalta que o preceito de amor ao próximo de Jesus de Nazaré constitui a perfeição ideal da moralidade utilitarista. Repete em diversos momentos das suas obras que o padrão da ética que propõe não é a maior felicidade do próprio agente, mas a maior soma de felicidade conjunta. Nesse contexto, embora o utilitarismo elaborado por Mill seja ancorado na tese hedonista que descreve o aspecto individualista da natureza humana, evidencia também outros aspectos dessa natureza, tais como a capacidade dos homens sentirem prazeres de qualidade superior, de se desenvolverem no transcurso do tempo e o agir por hábito. Através dessa nova perspectiva elaborada por Mill dentro da Teoria Ética da Utilidade, espaços para novas discussões foram inaugurados, tais como os relacionados aos sentimentos humanos, dentre eles, o amor. O autor afirma que o cultivo dos sentimentos se converteu em um dos pontos primordiais de seu credo ético e filosófico e o amor, nesse diapasão, é um dos sentimentos centrais para o agir ético proposto por Mill.
-
Ética
- 21.10 | Sexta-Feira | sala 28| 08h50
- sala 28
- 21/10/2016